- Temperatura Corporal.
A temperatura corporal
atinge o mínimo valor no período de sono, em torno das 4:00 horas da
manhã, sendo que aumenta durante o dia e atinge seu pico no final da
tarde, por volta das 18:00 (temperatura mínima, em média, 36°C e máxima,
em média, 38,5°C). Durante o exercício, 80% da energia usada nas
contrações musculares podem ser dissipadas sob a forma de calor entre os
tecidos. Assim, o desempenho está relacionado ao horário em que a
temperatura corporal atinge seu pico, pois coincide com o pico do
consumo de oxigênio, a taxa de ventilação e metabólica, que ocorrem
entre 15:00 e 21:00.
Com isto, estudos mostram que há relações
positivas entre BOM DESEMPENHO, TEMPERATURA MAIS ALTA e VIGÍLIA
SUBJETIVA e relações negativas entre BOM DESEMPENHO, ALTOS NÍVEIS DE
CORTISOL (hormônio estressante) e MELATONINA (hormônio secretado das
21:00 às 07:00 que induz o sono).
- Ritmos circadianos de repouso e durante o exercício.
A freqüência cardíaca
varia durante o dia de 5 a 15%, dependendo de muitos fatores, como o
sono, postura, nível de atividade física e dieta e seu pico ocorre, em
torno, das 15:00, sendo mais baixa durante a noite.
O consumo de oxigênio, importantíssimo marcador de desempenho, tem seu pico das 15:00 às 19:00, sendo influenciado pela temperatura corporal.
O hormônio do crescimento (GH)
atinge seu pico durante o sono e depende do nível de atividade física,
sendo que ocorre maior liberação em exercícios de intensidades relativas
(depende da duração e intensidade).
As catecolaminas, noradrenalina e adrenalina,
influenciam no desempenho pela produção e liberação de calor. Enquanto
a noradrenalina aumenta em intensidades que maiores que 50% do consumo
máximo de oxigênio, os níveis de adrenalina permanecem inalterados até
que a intensidade do exercício exceda aproximadamente os 60% do consumo
máximo de oxigênio.
O humor e o estado de alerta
influenciam no desempenho. Evidências mostram que o estado de alerta,
bem estar, fadiga mínima e humor atingem o pico de tarde e no início da
noite. Já tarefas cognitivas são melhores realizadas no período após o
almoço.
- Variações pelas horas do dia.
Quando acordamos e durante o decorrer do
dia, nosso desempenho melhora até um limiar (12:00 às 21:00), sendo
que, a partir de certo ponto, começa a decair. Alguns estudos mostram
que o melhor condicionamento físico ocorre em treinos realizados no
final da tarde e início da noite, podendo ser mais seguro e causar menos
desconforto.
- Tipo de exercício.
De acordo com algumas pesquisas, os
exercícios de flexibilidade tem uma resposta melhor nos horários de
12:00 até 24:00. Já os exercícios de força muscular, potência anaeróbia e
esforços explosivos, atingem o melhor desempenho no final da tarde e
período da noite, talvez porque o desempenho noturno pode ser atribuído a
uma maior tolerância a altas intensidades e uma correlação com a maior
temperatura corporal.
Pode-se observar que os recordes
mundiais nos esportes são usualmente quebrados por atletas competindo no
início da noite, exatamente no horário no qual a temperatura corporal é
maior.
Um estudo observando a percepção
de esforço notou que nas intensidades abaixo do limiar ventilatório
esta foi a mesma tanto pela manhã quanto no período da tarde. Porém,
acima do limiar a taxa do trabalho foi percebida como menos cansativa no
período da manhã, sendo que cerca de 20% dessa diferença pode ser
explicada pela menor demanda ventilatória nesse período.
- Individualidade biológica/cronotipo.
Matutino, vespertino ou
intermediários, parecem não influenciar no desempenho físico. Porém,
comparando o cronotipo de indivíduos matutinos e vespertinos, os
matutinos tem tem um pico de temperatura corporal mais cedo que os
vespertinos, sendo que o alerta nos matutinos diminuem após o almoço e
também há uma queda do desempenho físico. Já o consumo de oxigênio dos
vespertinos parece ser maior de noite.
- Sono.
Já sabemos que o sono é
importantíssimo para a recuperação. Uma noite bem dormida traz diversos
benefícios. Se você tem dificuldade para dormir, evite praticar
exercícios intensos antes de se deitar, pois estes exercícios liberam
adrenalina e atrasam a liberação de melatonina, dificultando o sono.
- Ingestão de drogas, álcool, cafeína ou medicamentos.
A sensibilidade do organismo à ingestão destas substância é diferente
em algumas horas do dia em comparação com outras, o que pode
influenciar diretamente o rendimento e o desempenho do indivíduo.
Algumas informações como o melhor
horário para obter um desempenho físico árduo, a programação das
refeições, o conhecimento da percepção individual do esforço e noções
sobre os efeitos negativos da perda de sono podem auxiliar a população
adepta ao exercício a melhorarem o desempenho de treinamento.
Dito isto, é muito importante ressaltar que, acima de todos estes fatores, devemos respeitar nossa individualidade biológica.
Você conhece seu
relógio biológico melhor do que qualquer outra pessoa. Você também sabe
da sua rotina, sendo que conseguirá encaixar o exercício no seu melhor
horário e no horário que estiver mais disposto. Você, mais do que
ninguém, se conhece, conhece seus limites. Você sabe o que é melhor para
o seu corpo! É uma questão de parar, refletir e pensar um pouco mais em
você.
Em torno de ''15 horas 16 horas'' é um bom horário para começar a malhar #FOCOEFORCA
0 comentários:
Postar um comentário